Conheça a trajetória de sucesso do grupo de teatro O Imaginário
Uma história de sucesso que já dura 17 anos. Assim pode se definir a trajetória do grupo de teatro de Rondônia, O Imaginário. Criado em 2005, pelo produtor cultural, Francisco Santos Lima, o Chicão Santos, a companhia acumula prêmios e participação em inúmeros festivais pelo país.
Em uma definição sucinta, o grupo “O Imaginário” foi fundado com o objetivo de pesquisar e investigar as diversas linguagens artísticas, valorizando os aspectos regionais. Com sede em Porto Velho, O Imaginário foi o primeiro a ter aprovada uma circulação nacional em 2010 pelo Palco Giratório, o maior projeto do país de circulação de artistas e espetáculos, descentralizando e difundindo as artes cênicas. Na época, a peça em questão era o espetáculo Filhas da Mata.
Mas isso era apenas o começo. De dentro da sede, intitulada Tapiri, uma palavra usada para definir a estrutura coberta de palha, uma espécie de casebre construído na floresta para servir de abrigo aos seringueiros, O Imaginário ousou sonhar.
“Fomos selecionado duas vezes pela Petrobrás para circular no Nordeste, em 2013. Ganhamos mais de 18 prêmios nacionais de fomento ao teatro e à dança”, relata Chicão.
Em 2014 o grupo voltou a ocupar as principais manchetes de cultura de Rondônia, levantando questionamentos e reflexões sobre o papel e importância da mulher ribeirinha amazônica com o espetáculo As Mulheres do Aluá, já no Palco Giratório.
O sucesso foi tanto que o grupo foi chamado para se apresentar durante a cerimônia de inauguração do Palácio das Artes, o Teatro Estadual de Rondônia. A partir de então acumulou apresentações por toda a Amazônia Legal, por meio do edital Sesc Amazônia das Artes nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins.
“Nós popularizamos o teatro em Porto Velho, provendo mostras e festivais. Especialmente o Festival de Rua Amazônia Encena na Rua que chega a sua 14ª edição, com um público atendido de mais de 300 mil pessoas”, comenta o criador do grupo.
A Borracheira
Foi em 2020 que O Imaginário conquistou um dos maiores apoios de incentivo à cultura, o edital Rumos, do programa Itaú Cultural. Com o patrocínio o grupo pós em cena o espetáculo A Borracheira.
Baseado no livro de Nilson Santos, A Borracheira reflete sobre a vida de mulheres nos seringais, ambientes ainda hostis e comandados por homens. Fala sobre relação de gênero e o silêncio da voz feminina.
Segundo Chicão, o espetáculo também conquistou outros editais que ajudaram na produção da obra. “Foi selecionado no Edital de Festivais da Funarte, no Festival Virtual do Itaú Cultural e no Festival da Potência do Norte”, citou.
Ao todo A Borracheira conta com uma equipe de 16 pessoas, incluindo atores, dramaturgos, preparador de voz, roteirista, figurinista, colaboradores de pesquisa, preparador corporal entre outros.
Texto: Redação
Foto: Divulgação