Com oito anos de carreira, artista afroamazônica ganha destaque com produções audiovisuais

Com oito anos de carreira, artista afroamazônica ganha destaque com produções audiovisuais

Atriz, performer, produtora cultural, contadora de histórias e palhaça. Esses são apenas alguns dos atributos da artista afroamazônida Amanara Brandão Lube, que com apenas seus 24 anos de vida já carrega um extenso portfólio de espetáculos apresentados em Rondônia e nacionalmente.

Entre os trabalhos mais importantes da carreira está o espetáculo “As Mulheres do Aluá”. E foi esse espetáculo que também marcou o início da carreira de atriz.

“Eu sempre amei teatro, mas profissionalmente comecei em 2015, no grupo O Imaginário, através do espetáculo “As Mulheres do Aluá”. Nesse mesmo ano inauguramos o teatro Palácio das Artes, em Porto Velho, e também a partir de 2015 foi quando a gente começou a participar de festivais fora de Porto Velho e de Rondônia”, relembra.  

Em seis anos de carreira profissional, Amanara já foi artista-pesquisadora e esteve na produção cultural. Em 2017 e 2021, por exemplo, trabalhou como assistente de produção no festival “Amazônia Encena na Rua”.

E se engana quem pensa que a atriz está focada apenas em montar espetáculos. No ano passado ela foi co-autora do livro “Entre Portos: narrativas às margens”.

“Enquanto artista-pesquisadora, desenvolvi a pesquisa em artes cênicas “Uma Estética dos Restos, do ano passado, e assinei a produção, direção, texto e performance no audiovisual Intervenção Cyber Poética, também em 2021”, conta.

Recentemente a atriz foi curadora do Festival dos Invisíveis, Mostra Tapiri e Festival Amazônia e no Encena na Rua.

Filme? Também já faz parte do currículo da atriz. “Tive uma experiência em fazer figuração em um longa gravado no interior de Rondônia, em Machadinho D’Oeste, o nome do filme é “Rodantes”, tem direção de Leandro HBL. A gravadora é de fora do estado, mas grande parte do filme foi gravado aqui”, ressalta.

E assim como toda categoria artística, Amanara foi afetada diretamente pela pandemia da Covid-19. Para superar os desafios, a atriz passou a explorar outro campo: o audiovisual.

“Só comecei a trabalhar mais com audiovisual agora, durante a pandemia, após a aprovação da lei Aldir Blanc. Foi um dinheiro que veio da União, depois de uma luta de mulheres. Foi uma lei conquistada após muito trabalho. Também atuei num clipe do cantor Bruno Bratilieri, e produzi uma série de vídeo performance. Produzi esse projeto, pesquisei, performei e dirigi o vídeo. Nessa nova era de pandemia é preciso ser múltipla função [risos]”.

E a dedicação na produção de audiovisuais já está rendendo frutos para Amanara.

“Estou tendo trabalhos selecionados para outros estados. O último audiovisual que eu fiz foi um curta, que também eu produzi com verba de edital municipal daqui de Porto Velho. Ele se chama ‘Sobre pele, palavras e decomposição’. Ele estreou em novembro de 2021 e começou agora a circular, inclusive vai estar na programação do Festival Amazônico de teatro. Como esse curta é multilinguagem, eu vou conseguir colocá-lo em várias propostas: no teatro, no audiovisual e cinema”.

O “Sobre pele, palavras e decomposição” também foi selecionado para o CineMotim, do Rio de Janeiro. O festival é focado nas narrativas negras e periféricas.

Texto: Redação

Fotos: Divulgação

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